segunda-feira, 28 de abril de 2008

AMERICANISMO

Outro dia, viajando de ônibus, em uma cidade qualquer, pude sentir a presença do maior mecanismo de marketing americano, o "Americanismo".
Olho pela janela do ônibus, na esquina, um bar com letras em branco e um fundo verde, com o nome de Kreck-kreck, o bar que antes era "do Nilo", agora é do kreck-kreck. Mas me pergunto... Porque kreck-kreck com um "K" no começo, e "CK" no final? Será que é por causa de clientes, que levam seus revólveres para o bar, e ficam engatilhando, fazendo tal som? Ou, será que é pelo fato, de alguém mastigar um biscoito crocante? Ou, será o nome de uma bebida, que o dono do bar apelidou?
É o império americano presente no nosso dia-a-dia. Então, por quê?
De maneira alguma, pensei que o bar teria de ficar com o mesmo nome. O dono do estabelecimento também tem seus motivos, para trocar o bar de nome. Talvez ele seja um americano, e até mesmo outro dono. Mas quem sabe o bar poderia se chamar “qreq-qreq" ou, "crec-crec"?

Hoje em dia não se lê mais: Natalia, Joana, Jonatam, Estefani. Lê-se: Nathallia, Jhoanna, Chisthyan, Stheffanie, Jhoanathan. O que antes chamávamos de “dia das bruxas” agora é halloween. Este último é tradição deles, enquanto que a nossa, ou as nossas, se tornam superficiais. Na minha cidade, quando chega o mês de Junho, que deveria se comemorar o mês de São João, agora é comemorado o “São João Fest”. Uma vez fui a uma cidade, cujo estava tendo festa de peão, o título original da festa era: “Rodeio Fest Night”. Espantei-me! Eu não sabia se estava numa boate, ou uma festa de peão tradicional, brasileiro.



VINICIUS PINOTI FIGUEIRÔA